Evento, que não era realizado havia dez anos, aconteceu nos dias 18 e 19 na Zona Norte
A secretária municipal de Assistência Social, Martha Rocha, participou da mesa de debates composta por representantes do governo no primeiro dia da 5ª Conferência Municipal de Políticas para as Mulheres, na sexta-feira, dia 18, no Auditório Gonzaguinha da universidade Estácio de Sá, na Tijuca. O evento foi um espaço de debate, troca e construção sobre o presente e o futuro das políticas públicas para o público feminino.
Martha Rocha dividiu a mesa com representantes de outras cinco secretarias: o secretário Daniel Soranz, da Saúde; o secretário Renan Ferreirinha, da Educação; Joyce Trindade, anfitriã do evento e secretária especial de Política para Mulheres e Cuidados; Cristiane Izidoro, subsecretária de Trabalho e Renda; e Maína Celidônio, secretária de Transportes. O objetivo do painel foi debater como ampliar a escuta das bases e fortalecer a diversidade de perspectivas e promover o diálogo entre sociedade civil e poder público.
Os secretários falaram sobre os desafios do futuro e as metas já cumpridas nas políticas públicas para mulheres na gestão municipal, em cada pasta. O encerramento aconteceu no sábado, dia 19, no auditório do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet), unidade Maracanã.
Conquista da cidadania
Em sua fala, a secretária fez um corte histórico, destacando a Constituição de 1988 como marco da democracia e todas as conquistas que vieram depois dela: a luta pela saúde integral das mulheres, o enfrentamento à violência doméstica, a Lei Orgânica da Assistência Social, a Lei dos Crimes de Menor Potencial Ofensivo (Lei 9.099), a Lei Maria da Penha e a implantação do Sistema Único da Assistência Social (SUAS).
“Não há uma luta importante para a conquista da cidadania sem a participação das mulheres”, afirmou a secretária, que também falou sobre o perfil do público feminino que mais precisa da atuação da Assistência Social.
Vulnerabilidade é negra
“Esse encontro com a vulnerabilidade é quase sempre feito por um assistente social. É este profissional que faz a articulação no território para que a gente possa produzir a construção dos direitos e vencer a vulnerabilidade. E a vulnerabilidade tem rosto: ela é mulher e é mulher preta. Se é difícil ser mulher, é mais difícil ser mulher negra”, completou Martha Rocha.
A secretária Especial de Política para Mulheres e Cuidados, Joyce Trindade, lembrou que o Rio é a capital do país que mais investe em mulheres. “A Conferência Municipal de Mulheres é o momento de reafirmar o compromisso da nossa cidade com a vida das mulheres. Nós somos maioria no município. Nossa cidade é a que mais investe em mulheres entre todas as capitais brasileiras. Já é um compromisso do prefeito Eduardo Paes, mas é claro que, depois de dez anos sem conferência, nós estamos aqui trazendo os avanços desses quatro anos e meio e também buscando melhorias“, disse Joyce.
FOTOGRAFIAS: Mariana Rocha / Divulgação / SMAS
