Encontro foi realizado no dia 25 de agosto, no Teatro da Câmara, e teve o objetivo de elucidar a reflexão e a discussão acerca do racismo nos diversos níveis da sociedade
A Secretaria Municipal de Assistência Social, por meio da 7ª Coordenadoria de Assistência Social (CAS), promoveu um debate com os líderes Sociais Antirracistas, no dia 25 de agosto, no Teatro da Câmara, na Cidade das Artes, na Barra da Tijuca. Participaram do debate o secretário de Assistência Social, Adilson Pires; Robson Caetano, ex-atleta olímpico; Fernanda França, psicóloga e mestre em saúde pública; Ricardo Tassilo, mestre em antropologia social e especialista em letramento racial; e Carla Jemina, administradora e líder de gestão do movimento Black Money. Na abertura do evento, Adilson Pires reforçou o trabalho da Integridade Pública da Prefeitura do Rio quando o assunto é a diversidade.
– A Prefeitura implantou um projeto chamado Integridade Pública, que é algo que permeia a ação dos servidores públicos municipais. Acho fundamental o tema da integridade, muitas vezes é só interpretado nas questões da honestidade e do comportamento, mas também passa pela lógica do combate ao racismo. Ação antirracista. Temos que ter foco no combate ao preconceito, em todos os sentidos, e o reforço nesta luta antirracista. A nossa luta vai ficar mais forte. Já conquistamos muitas vitórias, mas temos muito para se conquistar. Há 30 anos, eu era presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Municipal dos Vereadores do Rio de Janeiro e lembro como era a ação dos racistas no nosso país e no Rio de Janeiro. Depois de 30 anos, houve uma evolução muito grande, fruto de pessoas deste debate que nos enche de orgulho ao povo negro – disse Adilson Pires, durante do encontro dos Líderes Antirracistas.
O encontro visou elucidar a reflexão e a discussão acerca do racismo nos diversos níveis da sociedade. As práticas antirracistas são coletivas e serão vivenciadas se o combate ao racismo for reconhecido como uma responsabilidade de todos e, portanto, foco de políticas públicas. Nesse aspecto, insere-se o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) com a importante atribuição de combate ao racismo em suas várias dimensões, articulando vigilância, defesa e proteção.
Durante o encontro, os convidados assistiram ao depoimento de Rosana Tanes, diretora do CRAS Elis Regina (Pechincha), e imagens do vídeo de Max Ângelo do Santos, motoboy vítima de racismo. Ele foi agredido na Zona Sul da cidade, em abril.
O debate também contou com participações e apresentações da bailarina Ana Carolina Pereira, de “Vidas Negras Importam”; de Marcel Cavalcante, do Teatro dos Oprimidos; e uma adaptação ao Navio Negreiro, sendo uma trabalho sensorial, com direção de Júlia Dutra.