Durante a 15ª Conferência Municipal de Assistência Social, diretor da rede socioassistencial privada do SUAS citou a gestão do CNEAS e a criação do Banco de Alimentos como modelo.
Convidado para ministrar a palestra magna de abertura da 15ª Conferência Municipal de Assistência Social no Rio, no dia 1º de julho, Edgilson Tavares, representante da Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, elogiou a atuação da Prefeitura do Rio e da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS). Ele reconheceu que, apesar dos desafios enfrentados pelo município, “a Assistência Social tem cumprido com seu papel de forma gradativa, buscando fortalecer e qualificar o Cadastro Único (CadÚnico).
“É um privilégio estar participando da conferência do Rio de Janeiro, um município que tem envidado todos os esforços de fato para garantir a proteção social à diversidade da sua população. Sabendo que, obviamente, é um município que tem muitos desafios relacionados às múltiplas violências, às questões ambientais, à segurança pública, mas tenho certeza que tem cumprido com seu papel de forma gradativa, buscando o fortalecimento dos serviços, a intersetorialidade, fortalecer e qualificar o Cadastro Único e valorizar os espaços democráticos, como os conselhos”, afirmou Edgilson, que é presidente do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e diretor da rede socioassistencial privada do SUAS da Secretaria Nacional de Assistência Social do ministério.
O palestrante destacou a competência técnica dos profissionais da gestão da Assistência Social no município. “Parabenizo a Prefeitura do Rio, o prefeito Eduardo Paes e a nossa secretária Martha Rocha, que vêm desempenhando um papel fundamental para o SUAS (Sistema Único de Assistência Social), no sentido do fortalecimento desse sistema. Sabemos que são muitos os desafios, mas tenho certeza que competência técnica e vontade política não faltam para a equipe de gestão do SUAS aqui no Rio”.
Destaques na gestão carioca
Edgilson falou sobre a importância da mobilização territorial feita nas dez pré-conferências promovidas em todas as Coordenadorias de Assistência Social (CAS) em maio, ouvindo usuários e profissionais do sistema, e que prepararam as propostas apresentadas na 15ª conferência, realizada no hotel Windsor Guanabara entre os dias 1º e 3 de julho. “Foi muito interessante este processo de mobilização, no sentido de ir fortalecendo e mobilizando novos atores para dentro do processo de participação e de controle social no SUAS”, defendeu ele.
O presidente do CNAS ressaltou ainda duas experiências que considera modelo na gestão municipal carioca: “Quero destacar as coisas que são elogiadas aqui na gestão, principalmente com relação à gestão do Cadastro Nacional de Entidades de Assistência Social (CNEAS). O Rio é um município que tem 100% do cadastro concluído e atualizado, com uma equipe específica para lidar com a questão das entidades. Destaco também a experiência muito bacana do CRAS do Caju, de integração de serviços socioassistenciais com a política de segurança alimentar, com o desenvolvimento do Banco de Alimentos, com articulação com as políticas de trabalho, emprego e renda. O SUAS é um sistema que tem papel articulador fortíssimo. Então, experiências como estas, mesmo que sejam pontuais, têm que ser replicadas, têm que ser disseminadas. São inovações que a gente precisa ter no sistema, para avançar no processo e na garantia da proteção social para quem dela necessitar.”
Recentemente, a iniciativa do Banco de Alimentos, uma parceria com a Comlurb e a rede de supermercados Zona Sul, foi estendida a moradores da Cidade de Deus. Tanto no Caju quanto na comunidade de Jacarepaguá, 250 famílias são beneficiadas mensalmente com a doação de alimentos (frutas, legumes e verduras) que estão fora do padrão estético para a venda, mas ainda em perfeito estado nutricional para o consumo.
FOTOGRAFIAS: Wanderson Cruz / Divulgação / SMAS
