A Prefeitura do Rio lançou nesta quinta-feira (08/04) o Projeto Mapa da Mulher Carioca, no Palácio da Cidade, em Botafogo. Liderada pela Secretaria Especial de Políticas e Promoção da Mulher, a iniciativa pretende fazer um retrato da realidade das mais de 3,6 milhões de mulheres da cidade e, assim, garantir maior efetividade de políticas e serviços públicos para essa parcela da população.
O projeto conta com a parceria do Instituto Pereira Passos (IPP) e a participação de nove secretarias municipais (Educação, Saúde, Transporte, Planejamento Urbano, Assistência Social, Fazenda e Planejamento, Juventude, Trabalho e Renda, e Cultura), além da Fundação João Goulart. Estas instituições farão parte do Grupo de Trabalho que se reunirá quinzenalmente para a construção do mapa.
O estudo tem a previsão de ser concluído até o fim do ano. O objetivo é ajudar os gestores municipais na identificação das prioridades e necessidades das mulheres da cidade. Assim, contribuirá para o desenvolvimento de políticas e serviços públicos mais inclusivos e integrados no enfrentamento às violências contra a mulher e na promoção das cariocas.
– Dados são fundamentais no desenvolvimento de políticas e serviços públicos. Existem muitos dados nas diferentes secretarias municipais, mas que ainda não são tratados com um olhar específico para as mulheres. Vamos mapear e conhecer a mulher carioca em todos os territórios e em suas particularidades para também compreender suas necessidades – afirmou a Secretária Especial de Políticas e Promoção da Mulher, Joyce Trindade.
Por meio de análises regionalizadas, o mapa será capaz de relacionar informações sociais e estatísticas garantindo um melhor planejamento e orçamento da cidade diante das diversas desigualdades existentes.
– Estou muito feliz com esse momento, porque de fato é raro ver um governo que prioriza as mulheres dentro da sua construção. E o Mapa da Mulher Carioca é um instrumento de mudança social que a gente quer vocacionar, instrumentalizar, disseminar e, principalmente, incidir nos lugares certos. Eu, enquanto uma mulher que vem da periferia, da Zona Oeste do Rio, sei o quanto os dados são fundamentais para a gente levar serviço público qualificado para os territórios – declarou Joyce Trindade.
Coordenadora Técnica de Projetos Especiais do IPP, Andrea Pulici ressaltou, em seu pronunciamento, a importância da parceria e dos estudos e leitura de indicadores regionalizados para a construção assertiva de políticas públicas.
Por que construir um orçamento que pensa nas mulheres da cidade?
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Orçamento Sensível a Gênero (OSG) busca a alocação justa dos recursos necessários à implantação de políticas que criem condições para que as mulheres exerçam seus direitos de maneira igualitária aos homens, e também a transparência no uso das verbas públicas.
Dados públicos
O mapa busca também suprir uma lacuna em termos de disseminação de informações públicas, ampliando a compreensão sobre as diferenças entre as realidades das mulheres nos territórios da cidade e facilitando a apropriação dos dados disponíveis pela população, sociedade civil organizada, academia e demais grupos interessados.
Dados preliminares levantados pelo estudo poderão ser consultados, a partir do lançamento do projeto, por meio do endereço http://mapamulhercarioca.rio.rj.gov.br/.