
Leo Motta atualmente trabalha na SMAS e lançou trilogia nesta sexta-feira no Riocentro.
As agruras presenciadas nas ruas transformadas em poesia. Foi com esta performance de impacto que o escritor Leo Motta e nove acolhidos que participam do projeto Superação, no Centro Pop José Saramago, em Bonsucesso, abriram o sarau Marquises na noite desta sexta-feira, dia 13, na Bienal Internacional do Livro. A apresentação aconteceu no estande da Secretaria Municipal de Educação (SME), no Pavilhão 2 do Riocentro, durante o lançamento do livro “Há vida depois das marquises – do outro lado da rua”.
Após viver por um ano e três meses em situação de rua, Leo Motta é a prova de como políticas públicas podem transformar vidas. Ele aceitou acolhimento durante uma abordagem de uma equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS), tornou-se escritor e está lançando a parte final de sua trilogia, que pode render um lugar no Guinness Book – por ele ser a primeira pessoa em situação de rua a produzir uma trilogia.
Leo participa de edições da Bienal desde 2019, quando lançou o primeiro livro. Nesta sexta, dividiu a atenção e os aplausos do público com outras nove pessoas, que também conheceram a dura realidade das ruas: Luciano Pacheco da Silva; Leandro Antônio Brito dos Santos; Charles Silva de Moura; Phelippe Tobias Soares de Sá; Denivaldo Chagas; Lucas Santos Oliveira; André Luís Guimarães; Valter Cirilo e Hugo Leonardo Moraes.
“Eu recitei uma poesia e cada um deles também recitou. O grupo faz parte do projeto Superação, que participa de oficinas no Centro Pop José Saramago. Fazemos poesias em conjunto, com a temática da superação. Trazemos a vivência das ruas (para a apresentação), mas sempre com esta temática”, explicou Leo Motta, que atualmente é assessor na Coordenadoria Geral de Pessoa em Situação de Rua (CGPR) da SMAS.
No encerramento da Bienal, dia 22, Leo voltará a se apresentar no estande da SME, com outros nove acolhidos que participam das oficinas.
FOTOGRAFIAS: Wanderson Cruz / Divulgação / SMAS