
Durante o curso, 25 jovens receberão a remuneração de um salário-mínimo e terão a carteira assinada
O Brasil é o segundo país no ranking de jovens que não desempenham atividade profissional e nem estão matriculados em instituições de ensino, segundo o relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Essa não é a realidade de 25 adolescentes em situação de vulnerabilidade social e acolhidos nas unidades da Secretaria Municipal de Assistência Social que começarão no próximo dia 7/11, o curso em assistente de logística.
Durante 18 meses, esses jovens estudarão diariamente, no contraturno escolar. Nesse período, receberão uma remuneração de um salário-mínimo, além de terem as carteiras assinadas pela PETROBRAS. Na aula de apresentação, os alunos já receberam o cartão de vale-transporte e assinaram o termo de responsabilidade, no Instituto Brasileiro de Aprendizagem – SABER. Também assistiram uma oficina com a equipe do instituto onde aprenderam a importância de destacar as possibilidades de novos caminhos e horizontes a partir desta nova experiência.
“Eu acho que esse projeto vai abrir portas para muita coisa nova e principalmente vai me dar a possibilidade, de futuramente, abrir meu próprio negócio”. Destacou a participante do projeto, Débora Cristina de 17 anos, que teve suporte do CREAS Maria Lina.

A iniciativa passa pela possibilidade de inserção no mercado de trabalho de jovens que se encontram em situação de vulnerabilidade social e que terão nos cursos de logística do SENAI a oportunidade de trilhar novos rumos.
“Antes eu era ajudante de pedreiro, atualmente vou inciar o curso de jovem aprendiz como assistente de logística, vai ser muito bom para mim pois vou estar aprendendo coisas novas para o meu futuro, e agora é só alegria”. Conta Cauã Ferreira de 17 anos.
Esses jovens foram identificados por nossas equipes realizando trabalho infantil pela cidade, muitos vendiam doces ou realizavam bicos braçais. O ato do trabalho infantil é crime no Brasil, pois gera uma ação extremamente danosa para o desenvolvimento social do jovem, atrapalhando o ciclo escolar e de interação social.